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Respondendo a uma "censura" da EDP

por efepe, em 25.04.18

 

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 Resposta à Carta nº 18/18/DRH-CC 

 

 
Assunto: Utilização de e-mail profissional


Exma Senhora,

Em homenagem à Liberdade de Expressão e à Liberdade Sindical (conquistas importantes para o povo português, entre outros Direitos e Liberdades, alcançadas no dia  25 de Abril de 1974), elegi o dia do 44º aniversário daquela data histórica, com o único objectivo de desfazer alguns "equívocos" constantes na Carta nº 18/18/DRH-CC datada de 16-04-2018 (mas que me seria entregue PMP - Por Mão Propria) e cujo original recebi no dia 20-04-2018, em conformidade com a declaração e assinatura apostadas em duplicado da mesma carta.

Quanto à constatação por parte da EDP, da "hipotética" utilização do meu e-mail profissional (fernando.pegas@edp.pt), nomeadamente durante o horario de trabalho, para efeitos de actividade sindical, acho oportuno esclarecer o seguinte:

I.
É verdade que o signatário, desde o já longiquo ano de 1982, vem desenvolvendo uma actividade sindical "em paralelo" com a sua actividade profissional. Aliás, como é do conhecimento da EDP.

II.
Mas, em virtude de o signatário ser um sindicalista "por paixão" (desde sempre), tem alguma dificuldade em aceitar, de ser "confundido" com um qualquer sindicalista "por profissão" (como existem na EDP).

III.
Aquelas "diferenças" fazem toda a "diferença", nomeadamente, em matéria de "comportamentos" e de "maneiras de estar" na actividade sindical.

IV.
As "convicções" e os "valores" defendidos pelo signatário, no Movimento Sindical do Grupo EDP, são sobejamente conhecidos por uma larga maioria de trabalhadores, reformados e pensionistas do Universo EDP, mas também por uma boa parte de Hierarquias EDP.

V.
Também é verdade que, desde sempre, o signatário utiliza o seu e-mail profissional (fernando.pegas@edp.pt), para efeitos de actividade sindical.

VI.
Mas também, outros meios de comunicação "disponibilizados" pela EDP, para as mais diversas Estruturas Representativas de Trabalhadores (entenda-se não só a AREP e o Clube de Pessoal EDP, mas também as Comissões de Trabalhadores e as Comissões Sindicais e Intersindicais) "reconhecidas" pela propria EDP.

VII.
Por fim, o signatário "contesta" a utilização do seu e-mail profissional (fernando.pegas@edp.pt),  para efeitos de actividade sindical, DURANTE O HORÁRIO DE TRABALHO

Pelas razões mais simples, a seguir mencionadas:


VII-I.
Tal como qualquer trabalhador EDP, também o signatário tem acesso ao seu e-mail profissional a QUALQUER HORA do dia e em QUALQUER LUGAR onde haja rede.

E o melhor,

e oportuno exemplo que posso apresentar a V. Exa. é o facto de o signatário, se encontrar em pleno gozo do seu primeiro periodo de férias do ano 2018 (compreendido entre o dia 23 de Abril de 2018 e o dia 09 de Maio de 2018) devidamente autorizadas pela EDP, e de se encontrar neste momento abordo do Navio Horizon, no Mar Egeu, algures entre  Mykonos e Volos (ambas Ilhas Gregas) na madrugada de um Feriado Nacional (sendo a diferença horaria de duas horas entre a Grecia e Portugal).

VII-II.

Por outro lado, e ao longo da sua "carreira politico-sindical", o signatário foi adquirindo a "experiência" que o DIFERENCIA designadamente de sindicalistas "por profissão", para em "consciencia profissional", saber utilizar o seu e-mail profissional, para efeitos de actividade sindical, nomeadamente à HORA DO ALMOÇO e/ou em HORÁRIO PÓS-LABORAL. De modo a não perturbar a "disciplina" que estabeleceu entre a sua actividade profissional e a sua actividade sindical. 

No entanto, há "excepções" que furam aquela "disciplina". São as situações imprevistas e de caracter de urgência.

VII-III.
Importa também esclarecer que, na sua actividade sindical, o signatário "muito raramente" utiliza os endereços individuais dos trabalhadores. 

Utiliza sim, os endereços colectivos dos vários departamentos ou áreas de actividade, das empresas do Grupo EDP, designadamente, por uma razão prática fundamental (ou seja, o signatário não tem conhecimento de toda a mobilidade interna e entre empresas que ocorrem quase diariamente e que dificulta naturalmente a actualização de qualquer listagem de endereços individuais).

VII-IV.
Por fim, e como é do conhecimento geral, qualquer trabalhador edp tem a opção de "recusar" os denominados e-mails não solicitados e de conteudo considerado "desagradavel" (enviados pelo signatário).


Pois bem, 

o que está verdadeiramente a ser posto em causa, pelo SINDEL - Sindicato Nacional da Industria e Energia (e muito provavelmente "por manipulação" de alguns dos seus associados que são trabalhadores edp) é a LIBERDADE DE EXPRESSÃO do signatário, enquanto sindicalista "por paixão" no desempenho da sua actividade sindical, no ambito do ACT/EDP 2014.

Face ao anteriormente exposto, o signatário simplesmente LAMENTA todas as vicissitudes "comportamentais" que conduziram à "CENSURA" expressa na Carta nº 18/18/ DRH-CC datada de 16-04-2018, por "MOLESTAR" GRAVEMENTE a sua Dignidade Pessoal, nomeadamente no que diz respeito à sua Liberdade de Expressão e também à sua Liberdade Sindical.


Com os melhores cumprimentos,
 
 
 

Reacçoes.png

 

 (copiado do blog Jornal Online 'efe pe' / sindical)

 

Estimado Colega Fernando Pegas

Sem quaisquer circunstâncias de vazio, 

julgo na minha modesta opinião,

o dever de continuar os seus procedimentos

informativos c/ a utilização citada.

 

Julgo ser uma contestação pelo Sindel

ou algum colega edp nele inserido,

a constatação das suas sublimes informações

das quais apraz registar bem

como agradecer todo o empenho,

tanto singular como sindical,

para a execução contributiva,

com prazer, paixão e sabedoria.

 

O tempo da censura já lá vai,

cujo dia de hoje 25 abril,

obstou pelas mais terríveis circunstâncias censurais,

e que como homem de 25 abril (militar no exercício como sargento dia

na Manutenção Militar em Coimbra 25-4-1974),

não podia de o encorajar na continuidade

citada informativa e cooperada.

Fernando Rufino Leitão Neto

(25-04-2018 18:04)

 

 -------------------------------------------------

 

Caro Fernando Pegas

Não é meu hábito fazer comentários a atos de gestão da empresa,

navego melhor nos comentários de alguns colegas sobre a nossa situação atual,

no entanto este episódio brada aos céus e não nos pode deixar insensíveis. 


É lamentável que uma hierarquia da EDP se baixe a este ponto,

sim é lamentável, quando esquece ou desconhece,

o passado da empresa, mas não me parece estranho, nada já é estranho.


A EDP entrou, a uma velocidade vertiginosa,

numa era em que o capital humano, o seu melhor ativo,

é tratado abaixo de lixo e não tem qualquer valor para a estrutura acionista

e a atual gestão tudo está a fazer para demonstrar isso mesmo.


Os trabalhadores já não fazem parte do negócio da atual gestão

e o que é mais impressionante é que a estrutura sindical, no seu todo,

que deveria ser representativa dos trabalhadores ainda não deu por isso. 


É inconcebível que o órgão máximo dos acionistas, ao fim de 6 anos,

quando deixa o lugar e numa extensa entrevista, não tenha pelo menos,

uma única vez se referido aos trabalhadores desta casa,

casa que não é dele, mas da qual se soube servir.


É dito a pás das tantas na entrevista

"O sucesso da EDP se deve a dois fatores críticos:

qualidade da estrutura acionista e qualidade da estrutura de gestão" 


Este é o pensamento atual da grande empresa

que todos ajudamos a construir e tão cobiçada foi na altura da privatização,

gestão que descarta cada um dos seus trabalhadores,

trabalhadores que contribuíram para os elevados dividendos,

mas aos quais atribui menos valor que uma pá de uma turbina

(quer seja térmica, hídrica ou eólica, já agora para abarcar o universo da empresa).


É meu entender que a estrutura acionista e a sua gestão,

deixaram de ter interesse nos seus trabalhadores,

os quais se mantêm entretidos em manter em funcionamento esta empresa,

os acionistas e a sua gestão vêm ultimamente demonstrando maior interesse

pelo aproveitamento da conjuntura favorável que lhe permite sacar

o máximo aos consumidores (onde também nos encontramos),

quer seja pela contribuição dos impostos de todos nós,

quer seja pela contribuição direta dos seus clientes,

com apoio total quer de quem nos devia governar,

quer de quem devia regular tais negócios.


Continuo a acreditar, que é possível mudar este paradigma,

que cada vez é mais urgente criar uma estrutura representativa desta massa humana

e que possa encontrar soluções que ponha cobro a este negócio escandaloso

e equilibrar os pratos da balança.


Acionistas +16%; Gestão +6,7%; Trabalhadores +1,4%.
Um abraço solidário
João Gonçalves

 

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publicado às 15:12


4 comentários

De Anónimo a 25.04.2018 às 18:04

Estimado Colega Fernando Piegas

Sem quaisquer circunstâncias de vazio, julgo na minha modesta opinião, o dever de continuar os seus procedimentos informativos c/ a utilização citada. Julgo ser uma contestação pelo Sindel ou algum colega edp nele inserido, a constatação das suas sublimes informações das quais apraz registar bem como agradecer todo o empenho, tanto singular como sindical, para a execução contributiva, com prazer, paixão e sabedoria. O tempo da censura já lá vai, cujo dia de hoje 25 abril, obstou pelas mais terríveis circunstâncias censurais, e que como homem de 25 abril (militar no exercício como sargento dia na Manutenção Militar em Coimbra 25-4-1974), não podia de o encorajar na continuidade citada informativa e cooperada.
Fernando Rufino Leitão Neto

De efepe a 02.05.2018 às 03:51

Estimado Fernando Neto,

Apesar de ser uma pessoa de "não desistir" (das minhas "causas") e/ou de me deixar "intimidar" (por qualquer um ou uma), terei de agradecer as suas palavras de estimulo e de encorajamento em continuar a "saga" pela informação e comunicação, e com o "empenho" de algo que executo com paixão, sem dúvida.

E sendo o amigo e colega, um dos homens do 25 de Abril, obviamente que, valorizo ainda mais, as palavras de estimulo e de encorajamento.

AGRADECIDO. E, muito obrigado, pelas suas palavras.

De Anónimo a 26.04.2018 às 00:44

Caro Fernando Pegas
Não é meu hábito fazer comentários a atos de gestão da empresa, navego melhor nos comentários de alguns colegas sobre a nossa situação atual, no entanto este episódio brada aos céus e não nos pode deixar insensíveis.
É lamentável que uma hierarquia da EDP se baixe a este ponto, sim é lamentável, quando esquece ou desconhece, o passado da empresa, mas não me parece estranho, nada já é estranho.
A EDP entrou, a uma velocidade vertiginosa, numa era em que o capital humano, o seu melhor ativo, é tratado abaixo de lixo e não tem qualquer valor para a estrutura acionista e a atual gestão tudo está a fazer para demonstrar isso mesmo.
Os trabalhadores já não fazem parte do negócio da atual gestão e o que é mais impressionante é que a estrutura sindical, no seu todo, que deveria ser representativa dos trabalhadores ainda não deu por isso.
É inconcebível que o órgão máximo dos acionistas, ao fim de 6 anos, quando deixa o lugar e numa extensa entrevista, não tenha pelo menos, uma única vez se referido aos trabalhadores desta casa, casa que não é dele, mas da qual se soube servir.
É dito a pás das tantas na entrevista "O sucesso da EDP se deve a dois fatores críticos: qualidade da estrutura acionista e qualidade da estrutura de gestão"
Este é o pensamento atual da grande empresa que todos ajudamos a construir e tão cobiçada foi na altura da privatização, gestão que descarta cada um dos seus trabalhadores, trabalhadores que contribuíram para os elevados dividendos, mas aos quais atribui menos valor que uma pá de uma turbina (quer seja térmica, hídrica ou eólica, já agora para abarcar o universo da empresa).
É meu entender que a estrutura acionista e a sua gestão, deixaram de ter interesse nos seus trabalhadores, os quais se mantêm entretidos em manter em funcionamento esta empresa, os acionistas e a sua gestão vêm ultimamente demonstrando maior interesse pelo aproveitamento da conjuntura favorável que lhe permite sacar o máximo aos consumidores (onde também nos encontramos), quer seja pela contribuição dos impostos de todos nós, quer seja pela contribuição direta dos seus clientes, com apoio total quer de quem nos devia governar, quer de quem devia regular tais negócios.
Continuo a acreditar, que é possível mudar este paradigma, que cada vez é mais urgente criar uma estrutura representativa desta massa humana e que possa encontrar soluções que ponha cobro a este negócio escandaloso e equilibrar os pratos da balança.
Acionistas +16%; Gestão +6,7%; Trabalhadores +1,4%.
Um abraço solidário
João Gonçalves

De efepe a 02.05.2018 às 03:53

Caro João Gonçalves,

AGRADECIDO e muito obrigado pelas palavras de estimulo e de encorajamento.

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